terça-feira, 6 de agosto de 2013

Entrevista com Roberto (ex-Vasco e atual goleiro da Ponte Preta)



No último domingo, o goleiro Roberto ganhou destaque na mídia por defender a cobrança de penalidade do artilheiro da Copa das Confederações. Em entrevista exclusiva feita pela Super Rádio Brasil, através dos jornalistas Igor Vincenzi e Luan Faro, o ex-vascaíno e atual goleiro da Ponte Preta explica como foi a sua passagem pelo time de São Januário.

Igor: Você atuou pelo Vasco de 2005 a 2008, como você avalia sua passagem pelo time carioca ?

Roberto: Minha passagem no Vasco no começo foi muito boa, mas depois teve momentos bons e ruins. A avaliação que eu faço nas partidas que disputei é que poucas vezes fui mal e falhei. Em 2005 eu cheguei no Vasco e estava vivendo um momento perfeito. Disputei 28 jogos no Campeonato Brasileiro e o time carioca tinha o direito de exercer a compra diante do Criciúma. Já em 2006 eu sai da equipe e 2007 foi um ano bastante conturbado. Em 2008 quando eu tava tentando recuperar o meu espaço, as pessoas pareciam que não queriam e não deixavam eu jogar no Vasco. O time jogava e perdia, ai eu jogava e o time ganhava. Ai pensei que conseguiria uma sequência e eu era barrado e voltava pro banco de reservas. Teve uma sequência que eu fiz de quatro jogos, ganhamos 3 e empatamos um clássico, ai acreditei que iria continuar titular, mas logo na rodada seguinte contra o Grêmio, em Porto Alegre, voltei pro banco. Isso aconteceu em várias oportunidades e chegou um momento que eu falei pra mim mesmo que aqui no Vasco, infelizmente, não vai dá mais. Pelo número de jogos que joguei posso dizer que minha passagem foi positiva, mas pelo que tempo que fiquei posso dar como negativa já que joguei pouco em vista dos anos que fiquei.

I: Quem são essas pessoas que não queriam que você jogasse ? Comissão técnica ? Diretoria ?

R: Na época eu não sei se era comissão técnica ou diretoria. Para falar a verdade eu não sei o que acontecia. Mas em 2007 eu não atuei em nenhuma partida pelo time. Foi o primeiro ano na minha carreira que eu fiquei sem jogar. Em 2007 nem inscrito na Copa Sul-Americana eu fui. O Vasco foi disputar a competição com dois goleiros apenas. Em 2008, no meu último ano de contrato, o pessoal já queria me emprestar no começo do ano, falaram que não iriam contar comigo. Mas eu bati o pé e falei que queria ficar no Vasco e iria fazer por onde. Após isso parecem que botaram um X no meu nome. Quando entrava em campo eu ia bem, mas quando pensava que iria ter uma sequência, o pessoal me sacava. Eles diziam que eu não agradava no momento, mas quando eu jogava o time ganhava. Peguei umas situações tipo o jogo contra o Vitória que perdemos por 5 a 0, que não atuei, e no outro jogo eu joguei e vencemos. Até hoje não entendi porque fizeram isso comigo, mas já passou. Eu tenho boas lembranças do Vasco. O que fizeram comigo não muda o respeito e a admiração que eu tenho pelo torcedor. Um fato que me marcou muito foi quando eu enfrentei o Vasco jogando pelo América em 2010. Na ocasião a torcida gritou o nome de todos os jogadores, inclusive o meu e isso me emocionou muito. Afinal não ganhei nada pelo time carioca. A torcida me deu essa alegria que vai ficar marcada pro resto da minha vida. Acho que o Vasco me deu muito mais do que eu dei pro Vasco.

I: Se pintasse um convite para voltar ao time carioca, você aceitaria, pensaria duas vezes ou rejeitaria?

R: Se rolasse, com certeza eu pensaria e voltaria na hora. Aconteceram algumas coisas que culminaram com minha saída, mas eu nunca tive vontade de sair de São Januário.

Na próxima quinta-feira, Roberto irá encontrar novamente a torcida vascaína. Em duelo válido pela 12º rodada do Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta encara o Vasco às 21h em São Januário. Vamos ver como o coração do goleiro estará no dia e como a torcida irá tratá-lo.


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